Dra Karla Palmeira

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Tratamento das DTMs: Como funciona?

Tratamento das DTMs: Como funciona?

Há muitas dúvidas do paciente de como funciona o tratamento das DTMs. E aqui neste post contarei de forma resumida como é feito este tratamento.

Primeiramente é realizado uma consulta inicial. Nesta consulta é realizada uma anamnese bem detalhada do paciente, pois como as DTMs têm um carácter multifatorial, vários são os fatores que podem contribuir para desencadear um quadro desta disfunção.

Comorbidades como cervicalgia, enxaqueca, quadros de ansiedade ou depressão, distúrbios do sono, estão normalmente associados aos pacientes com DTMs crônicas. Algumas doenças sistêmicas também podem contribuir para o aparecimento deste quadro, tais como: artrite reumatoide, hipotireoidismo, doenças autoimunes etc.

Após a anamnese é feito um exame clínico específico com o objetivo de fechar um diagnóstico para o caso e saber qual o tipo de DTM o paciente apresenta.

Na sequência, se necessário, poderá ser solicitado exames complementares como radiografias, tomografia, ressonância magnética, entre outros.

De uma maneira geral, as DTMs são divididas entre DTMs musculares e DTMs articulares e suas sub-classificações. O tratamento das musculares inclui: agulhamento com ou sem anestésicos, laserterapia, exercícios específicos, eletroterapia tens, terapia medicamentosa, entre outros. Já no caso das DTMs articulares, os principais recursos utilizados são: placa de bruxismo, viscossuplementação com hialuronato de sódio, infiltração de costicóides, laserterapia, terapia medicamentosa, entre outros.

Diante disto, vale a pena frisar que a consulta inicial com um especialista é de fundamental importância para o correto diagnóstico, pois ela irá fornecer dados imprescindíveis para compreender a complexidade do caso em questão e assim chegar a um melhor plano terapêutico.

Tem dúvidas e quer conhecer os principais sinais e sintomas da Disfunção Temporomandibular (DTM)? Saiba mais

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Enxaqueca e DTM: qual a relação?

Enxaqueca e DTM: qual a relação?

Estudos recentes comprovam que dores dos músculos da face e da articulação da mandíbula (ATM) podem desencadear e tornar mais frequente as crises de enxaqueca em pacientes migranosos.  Isto acontece porque tanto na enxaqueca quanto nas DTMs ocorre uma sensibilização do mesmo nervo craniano, o chamado nervo trigêmeo.

As pessoas que sofrem com enxaqueca possuem uma hipersensibilização genética do sistema trigeminal, o que faz com que diversos tipos de estímulos possam desencadear uma crise, tais como: alguns tipos de comidas, bebidas alcóolicas, cheiros fortes, luz solar, etc. Como o sistema trigeminal é responsável pela inervação nos músculos mastigatórios e da ATM, estímulos dolorosos nestas estruturas tem a capacidade de desencadear ou intensificar crises de enxaqueca.

Devido esta somação de estímulos nocivos no sistema trigeminal é importante verificar se o paciente que sofre com enxaqueca possui um quadro de DTM associado. O tratamento simultâneo de ambas as patologias é capaz de diminuir a frequências e a intensidade das crises.

Por tanto, se você sofre com crises de enxaqueca e tem dores nos músculos da face ou na ATM, procure um especialista em Dor Orofacial e DTM.

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Qual a relação entre Sono e Dores Orofaciais?

Que dormir bem é fundamental para a manutenção da saúde física, mental e emocional das pessoas, já não é mais segredo pra ninguém. Mas a associação de distúrbios do sono com as dores orofaciais e com as disfunções temporomandibulares (DTMs), ainda é novidade para muita gente. Entre os distúrbios do sono mais comum destacam-se: insônias, ronco, apneia obstrutiva do sono e desordens do movimento.

Para compreender melhor como isso é possível é importante saber um pouco sobre o sono e suas funções em nosso organismo.

Um sono normal possui quatro estágios. O primeiro é um estágio superficial, onde o indivíduo oscila entre sono e vigília. No segundo estágio, o sono é um pouco mais profundo e ocorre uma diminuição do tônus muscular.  Mas, é no terceiro estágio, chamado sono profundo, que ocorre a restauração do físico, da musculatura esquelética, da musculatura cardíaca, manutenção da função imunológica e endócrina, prevenção da dor crônica, entre outros. O quarto estágio é chamado de sono REM, e está relacionado a sedimentação do aprendizado e consolidação da memória. Pessoas que não dormem bem ficam mais nos estágios superficiais do sono e ficam tempo insuficiente nos estágios mais profundos, por isso não apresentam um sono reparador.

Além disso, pessoas que não dormem bem são mais susceptíveis a fazer BRUXISMO. O bruxismo associado a uma musculatura que não foi restaurada, devido a uma qualidade ruim do sono, é muitas vezes o gatilho para desenvolver DTMs e dores orofaciais associadas. Negligenciar esta situação pode levar o paciente a um quadro crônico de dor orofacial.

É imprescindível cuidar da qualidade do sono para levar uma vida saudável e sem dor. Cuide bem de você, cuide bem do seu sono.

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Placas Oclusais

PLACAS OCLUSAIS

 A placa oclusal é um dispositivo muito utilizado para proteger os dentes contra o bruxismo. Mas este dispositivo tem outras finalidades importantes, como a preservação das estruturas da articulação temporomandibular (ATM), tais como: o disco articular e os ligamentos.

O disco articular é uma estrutura fibrocartilaginosa que se localiza entre a cabeça da mandíbula e a fossa mandibular do osso temporal. Permite o movimento de abrir e fechar a boca, sem contato entre as estruturas ósseas. Ao danificar este disco inicia-se um processo de disfunção temporomandibular (DTM), o que pode provocar estalos e dores articulares.

Os ligamentos da ATM são formados por tecido conjuntivo colagenoso e possuem funções importantes como limitar e estabilizar o movimento mandibular

Além de proteger os dentes e as estruturas da ATM, as placas oclusais, também protegem os músculos da mastigação, pois impedem a sua máxima contratura, proporcionando maior conforto muscular ao paciente.

É importante destacar que a placa oclusal por si só não trata as DTMs, mas quando bem indicada, é um excelente recurso auxiliar ao tratamento destas disfunções.

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A Dor Orofacial e o Tratamento com Antidepressivos

Mas o que é uma dor crônica? Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) a dor crônica é uma dor que persiste após o tempo normal para a cura ou cicatrização à uma agressão sofrida. A classificação mais aceita é a que considera a dor cônica uma dor que dura mais de 3 meses, ou que seja recorrente por mais de 6 meses.

Vários são os fatores que podem contribuir para o aparecimento da dor crônica, incluindo a dor orofacial, tais como: uma dor aguda mal tratada, pré-disposição genética, disfunções do sistema nervoso, traumas, algumas patologias, entre outros.

Distúrbios emocionais também são fatores frequentemente associados a dor crônica, principalmente a depressão. Os distúrbios emocionais não são propriamente a causa da dor, mas estão intimamente relacionados a ela. Podem atuar como um fator desencadeante da dor, ou como um fator que aumenta a intensidade da dor e até mesmo como um fator perpetuante da dor.

Outra característica importante da dor crônica é que ela habitualmente não responde bem aos analgésicos, e antiinflamatórios de uso comum. Isto ocorre porque a dor crônica está associada à sensitização do sistema nervoso central (SNC).

E o que é isso? A sensitização do SNC é um processo muito complexo, cujo os mecanismos ainda não são inteiramente conhecidos. Este fenômeno desencadeia uma série de eventos que culminam em uma hipersensibilidade dos neurônios aos estímulos externos recebidos. Uma pessoa hipersensibilizada tem respostas desprocorcionais e/ou disfuncionais a estímulos externos dolorosos e até mesmo, os não dolorosos (estímulos tais como: luz, som, cheiros, sensibilidade térmica e tátil, etc).

E é aí que atuam os antidepressivos. Algumas classes de antidepressivos possuem a capacidade de modular a dor, ou seja, atuam na hipersensibilidade desenvolvida pelo paciente, modulando a percepção que nosso cérebro tem do estímulo recebido.

Segundo estudo publicado recentemente pela equipe americana da Mayo Clinic “Antidepressivos: outra arma contra dor crônica” estes medicamentos funcionam bem somente para alguns tipos de condições dolorosas crônicas, entre elas, a DOR OROFACIAL.

O uso de antidepressivos no tratamento da dor orofacial não deve ser o tratamento de primeira escolha. Terapias locais e mais conservadoras devem ser priorizadas. Mas, caso estas não sejam efetivas no controle da dor, em especial, nos pacientes onde as emoções estão contribuindo para desencadear ou manter o estado doloroso, o uso de antidepressivo é, sem dúvida, uma excelente opção no controle da dor orofacial crônica.

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Dor de ouvido ou na ATM?

Porque um quadro de dor na ATM (articulação temporomandibular) pode ser confundido com uma dor de ouvido?

Devido a proximidade anatômica entre estas duas estruturas. Quando ocorre um quadro inflamatório na ATM, a dor pode parecer ao paciente que é no ouvido.

Proximidade da ATM ao ouvido.

Mas, existe também os quadros de DTM muscular com dor referida, onde um ponto da musculatura mastigatória está hiperirritado e pode referir sua dor para o ouvido. São os chamados triggers points ou pontos gatilhos. Alguns músculos específicos, tais como: o masséter profundo e o músculo pterigóide medial, podem referir dor para o ouvido se possuírem estes pontos hiperirritados.

Eis a importância de um profissional habilitado para fazer o diagnóstico diferencial entre uma DTM articular (que afeta a ATM) e uma DTM muscular com dor referida, pois as duas podem ser confundidas com uma dor de ouvido. O correto diagnóstico é fundamental para o sucesso do tratamento.

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BRUXISMO X CEFALÉIA

Existe alguma relação?
Sim. Segundo um estudo publicado recentemente na revista americana Headache Medicine (vol.12 – supplement – 2021), o bruxismo em vigília pode influenciar diretamente os quadros de cefaléia primária, piorando o prognóstico e aumentando a refratariedade ao tratamento.
É preciso ficar atento, pois o bruxismo em vigília é um hábito parafuncional de contração dos músculos da mastigação involuntário, com ou sem apertamento dentário, e ocorre enquanto se está acordado. O controle deste tipo de hábito parafuncional é dado pelo próprio paciente através de autocontrole, mediante a percepção do hábito.
São chamadas cefaléias primárias aquelas em que a dor de cabeça é a doença em si, e não o sintoma de um outro problema de saúde. Entre as cefaléias  primárias estão a migrânea (enxaqueca), a cefaléia do tipo tensional, e a cefaléia em salvas.
As cefaléias primárias também estão relacionadas com as disfunções temporomandibulares (DTMs). A literatura atual (Disfunções Temporomandibulares – Novas Perspectivas, EditoraTota, 2019) afirma que pacientes com DTM apresentam risco maior (4,4 vezes) de apresentar migrânea, quando comparados a pacientes sem DTM. Isto ocorre porque DTM e cefaléias primárias são doenças comórbidas que compartilham mecanismos fisiopatológicos, onde uma contribui para o desenvolvimento da outra. A presença de DTM em pacientes que apresentam algum tipo de cefaléia primária é considerado um fator de risco para o aumento da frequência e da intensidade das crises de dores de cabeça, o que contribui para o processo de cronificação.
Por tanto, o correto diagnóstico é fundamental para o sucesso do tratamento, e é dado pelo tratamento simultâneo de todas estas condições disfuncionais. Um profissional habilitado pode lhe ajudar muito a controlar estes quadros de dor,  e assim melhorar sua qualidade de vida. 
 
 
 
 
 

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“A Dor é inevitável, mas sofrer é opcional.”- Zen Budismo

Para compreender esta sábia citação budista é preciso compreender melhor o que é a DOR. 

A definição atual de dor da Associação Internacional para Estudos da Dor (IASP) afirma que dor é “uma experiência sensitiva e emocional desagradável, associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial” (Revisão de 2020). 

EMOCIONAL??? Sim, a dor é uma experiência sensitiva, mas também é influenciada por fatores psicológicos e sociais. Por isso, a dor é sempre uma experiência individual. Isto explica porque lesões parecidas podem causar muito sofrimento para alguns e pouco, ou nenhum sofrimento, para outros.  

Mas como isto é possível?  

Os pesquisadores ainda não possuem a plena compreensão dos mecanismos envolvidos na dor, estes ainda são fonte de intensos estudos.  Entre os mecanismos conhecidos, temos a Teoria do Controle do Portão, descrita por Melzac e Wall (1965).  Segundo esta teoria, o Sistema Nervoso Central (SNC) é capaz de modular os estímulos nociceptivos produzidos por uma lesão na periferia do corpo, como uma queimadura no dedo, por exemplo. Os chamados neurônios excitatórios levam sinais de perigo da periferia do corpo até o SNC e amplificam a percepção de dor, com a intenção de proteção. Mas, existem os neurônios inibitórios, que modulam estes estímulos nociceptivos, diminuindo a percepção da dor. 

Várias substâncias químicas participam deste processo, e são capazes de modular a dor, tais como: – opioides endógenos (endorfinas e dinorfinas), neurotransmissores inibitórios  (ácido gama-aminobutírico (GABA), serotonina , entre outros) . As endorfinas são opioides naturais que inibem a dor, mas também estão relacionadas com o prazer, com controle da ansiedade e depressão. O neurotransmissor GABA é o principal neurotransmissor inibitório do SNC, produz calma e relaxamento.  A serotonina está ligada ao bem estar e a felicidade. Níveis baixos de serotonina estão relacionados a depressão, ansiedade e alguns transtornos mentais. 

Situações clínicas de estresse, depressão, ansiedade, hipervigilância, ou experiências negativas de vida, podem causar um mau funcionamento deste sistema modulatório da dor.  Assim, hábitos de vida saudável, com práticas de exercícios físicos, dieta equilibrada e de boa qualidade, um ritmo sustentável de vida com controle do stress, ter um sono de qualidade por um tempo adequado, prática de terapias integrativas( mindfulness, ioga, meditação, etc.) influenciam diretamente na percepção da dor, causando mais ou menos sofrimento.

É muito importante ter em mente, que somos agentes ativos no controle do sofrimento, pois a dor tem a ver com tudo aquilo que somos, e não apenas com uma lesão tecidual.

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LOMBALGIA X DTM

As lombalgias crônicas e as disfunções temporomandibulares (DTMs) são doenças comórbidas, pois uma predispõe o paciente a desenvolver a outra. Quem apresenta lombalgia crônica tem 2 vezes mais chances de desenvolver DTM. 

A relação entre estas duas patologias podem ser explicadas pelo mecanismo de sensibilização do sistema nervoso central (SNC). De uma maneira muito simplista, a sensibilização do SNC ocorre quando o nosso cérebro fica muito sensível aos estímulos dolorosos vindos da periferia do nosso corpo. Assim, um estímulo externo que antes não provocava dor, com o SNC sensibilizado, passa a provocar. 

Quando um indivíduo possui uma lombalgia crônica ele pode sensibilizar o SNC. Por tanto, a presença de bruxismo ou simples esforços mastigatórios podem desencadear um quadro de DTM dolorosa. 

O tratamento de pacientes com lombalgia crônica e DTMs associados, deve sempre incluir o controle de ambas as patologias e para tanto, deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar.  Atuar em todas as frentes é peça chave para o sucesso do tratamento no caso das DTMs

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Dor na ATM?

Dor na ATM?

É cada vez maior as queixas de pacientes com dores e ruídos na articulação temporomandibular (ATM) ou até mesmo dificuldade em abrir e fechar a boca. Outros sintomas como zumbido e plenitude auricular podem ocorrer, o que leva muitos pacientes a procurar um médico otorrino.

Várias são as causas que podem levar a estas “Disfunções na ATM” tais como: traumas, sobrecarga nas articulações, estiramento dos ligamentos, bruxismo, maus hábitos, infecções, entre outros.

Várias são as ferramentas e técnicas utilizadas hoje em dia para o tratamento das disfunções da ATM. O tratamento vai depender da causa, por isso a importância de um correto diagnóstico.

Procure um profissional habilitado e cuide da sua saúde. Uma vida feliz é uma vida sem dor!

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